[FP] Vincent St. Klaus

por **Vincent** Dom maio 01, 2011 5:13 pm

Vincent St. Klaus

Ficha de Personagem:

Nome (Completo): Vincent St. Klaus.
Como gosta de ser chamado: Sem apelidos.
Idade: Não possui.
Sexo: Masculino.

Filiação: Não tem.
Raça:[ Desconhecida entre muitos.
Onde vive: Indefinido.
Trabalho: Caçador, exorcista, benzedeiro, padre e afins.

Cabelos: Escuros.
Cor dos olhos: Azuis.
Aparência: Alto e um pouco esguio mas não menos forte. Barba sempre por fazer e sempre usa roupas do clérigo (tunica preta com colarinho branco e calça social assim), apenas os sapatos são diferentes: botas de cano médio e de couro.
Marcas, tatuagens e afins: Cicatrizes pelo corpo todo.

100 PONTOS PARA DIVIDIR:
Destreza: 15
Carisma: 0
Inteligência: 20
Raciocínio: 20
Força: 25
Autocontrole: 5
Coragem: 15

Sua história:

Resolveste por fim galgar o monte Tsafon e afrontar seu irmão. Envergou-se de sua armadura dourada e tomou sua espada de fogo, crente de que sua conversa fundaria em uma peleja.
Ao fim dos degraus nada via-se a não ser o grande altar de mármore branco e raios de sol refletindo deste. Anos a fio se passaram e nunca tivera notícia do Altíssimo. O Príncipe dos Anjos guardava-o como um leão e poucos teriam a coragem de Uziel para subir o monte e tentar contemplar a face do criador novamente.
Puxando de sua memória, lembrava-se de ter o visto apenas uma vez, antes que este caíste no sono do sétimo dia.
- Saias do caminho Miguel, estou reivindicando o direito de ver Yahweh, nosso criador. – Miguel erguera a cabeça de sua infinita meditação somente para sorrir-lhe de forma falsa e traiçoeira. – És tolo Uziel. Pensar que poderes vir-te aqui e reivindicar algo que não lhe é de respeito. – O tirano levantou-se solene já a posto para o que viria a seguir. Segurava com uma das mão á Chama da Morte que reluzia insuportavelmente.
Era mesmo tolice pensar em vir a Tsafon e proclamar a Miguel um direito que ele desconhecia. O Príncipe dos Anjos jamais deixara o monte, somente no caso de guerras e este não seria o momento que deixaria outro Arcanjo adentrar as grandes grades douradas.
Mas Uziel e sua infinita bondade para com os demais, sonhara que um dia poderia ele mesmo voltar a ver Yahweh e com este poder discursar. – Então é verdade não é? O que Lúcifer havia dito e que agora Gabriel confirma para seus anjos... O criador está morto. – Uziel segurava fortemente o cabo de sua espada. Qualquer movimento em falso e seria golpeado diretamente no coração, o ponto fraco de todos os anjos. Miguel apenas riu de forma insana e brandiu sua espada para Uziel. – Eu não preciso de você Uziel, Não preciso de ninguém. – E partir para o outro Arcanjo sem pudor. Uziel poderia ser bondoso, mas tinha conhecimentos de batalha. Participara de todas que foram travadas pelos anjos e seu corpo estava marcado com cicatrizes como os demais guerreiros do céu.
O grande problema em enfrentar o Príncipe dos Anjos era a Chama da Morte. Espada esta que dizem ter expulsado Lúcifer do céu e destruído tantos outros anjos e demônios. Miguel investia a espada com ferocidade e não dava-lhe tempo de atacar também.
Como um lutador sujo, Miguel usara não só a espada, mas o corpo para derrubar o seu irmão, e este agora caído e ofegante encarava Miguel esperando enfim a morte.
Anjos não possuem almas, portanto depois de mortos deixavam de existir. Talvez este o motivo de Miguel para tanto ódio com os humanos. Nada mais e nada menos do que pura e simples Inveja.
A Chama da Morte agora postada acima da cabeça de Miguel, pronta para o último golpe. E com agilidade o tirano golpeou diretamente o coração de seu irmão.
Uziel esquivara-se no ultimo segundo e a chama atingira o mármore o rachando. Mesmo sem espada e ferido, o Arcanjo lutava por sua vida. Não a entregaria tão fácil a este demente que sentia-se o próprio Deus.
Agora o mármore partido entre os dois, Miguel impetuoso com a Chama da Morte ofegava levemente, fuzilando Uziel com os olhos. Já Uziel quase sem respiração e ferido no ombro por devido ao desvio que salvara sua vida; estava sem espada e quase sem esperanças de sobreviver à luta.
Fez-se então, ouvir um amplo e esplendoroso raio. Atingindo a frente dos dois guerreiros, fazendo com que estes caíssem ao chão com a fúria com que o trovão chegara ao chão.
Sua origem era desconhecida a ambos e desnorteados, os dois não conseguiam avistar nada, tudo estava extremamente claro como se o sol agora estivesse refletindo ruidosamente no mármore branco direto em seus olhos. Confusos e sem enxergar, um novo raio atingiu o solo novamente, fazendo assim os dois Arcanjos perderem os sentidos.

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Sons de carros e buzinas latejavam em sua cabeça como se estivessem dentro dela. Desnorteado e sem rumo, Uziel acordara na Haled vestindo a sua armadura, mas sem sua espada.

Um guerreiro não é nada sem sua espada e esta não é nada sem o seu guerreiro.

Gostas de chuva caiam em seu rosto e o Arcanjo tentava entender o que lhe acontecia. Estava no topo de uma grande construção e seu ombro sangrava ligeiramente. Lembrava vagamente de cair, mas claramente da luta com o Príncipe dos Anjos.
Ali estava agora na Haled.
No mundo dos humanos.
Estes que tanto defendera nos plenários entre os Arcanjos e que em vão lutara contra extinguir. Miguel tentara várias vezes destruir-lhes e como insetos eles persistiam. Agora como um anjo renegado, Uziel vagaria para todo o sempre entre estes seres.

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Com seu usual disfarce de clérigo, o renegado vagava por uma pequena estrada sem pavimento até uma humilde casa na zona rural. O desespero dos pais era óbvio tanto por telefone quanto ali presentes quando Vincent chegara ao local. Antes mesmo de ultrapassar o portão sentira a forte presença do sobrenatural que poucos conseguiam esconder. Ele aprendera a andar entre eles e disfarçar sua aura, levara anos, mas agora não passava de um simples jovem padre tirava demônios de garotinhas.

Os degraus de madeira rangeram abaixo de seus pés e o claro cheiro de enxofre invadiu suas narinas. Lá postada na cama suando frio, uma pequena garota de no máximo quatorze anos se contorcia.
Vincent escolhera o amuleto da Santíssima Trindade no meio de tantos outros que tinha nos bolsos internos do casaco negro.
- In nomine Patris Filii et Spiritus Sancti. – Mal terminara de proclamar o sinal da cruz e a garota soltou um pavoroso grito. Óbvio que aquele grito não vira só da garota Vincent continuo a rezar agora com uma cópia original da bíblia em latim. A criatura tinha espasmos e o homem teve de pedir para que seus pais a segurassem. Era um ritual comum para ele, anos afim na Haled, e sentira a necessidade de expulsar os demônios e os seres das trevas do mundo humano.
Ao fim da primeira parte, a menina não mais se contorcia. Encarava Vincent nos olhos e esboçava um sorriso malicioso no rosto. – Ora, ora, ora. Se não é Vincent St. Klaus o nosso exorcista favorito. Veja Samael, ele continua o mesmo. – Vincent sorriu, puxando uma cadeira para perto da cama. – Deixe-nos a sós, por favor. - Acenou para os pais aflitos e medrosos para que fossem enquanto puxava do casaco um maço de cigarros. – Importa-se? – Sem esperar respostas, ascendeu um cigarro; hábito este adquirido com os humanos e agora necessitava constantemente do tabaco em seu sistema. – Pensei que gostasses de serpentes Samael. Lembro-me de ter amado a forma quando tentou os primeiros filhos do Criador. – Riu sem absoluto humor e tragou a espera da resposta do demônio. – Atrevido! Como ousa! – A garota sentou-se involuntariamente tendo novos espasmos. – Cala a boca, Samael. Comporte-se! – O que parecia ser outro demônio grunhiu para Samael, e este calou-se imediatamente. – Veio acompanhado, serpente? Não consegues fazer o serviço sozinho? Ou apenas seu chefe não confia na sua capacidade? Que ofença... – Apenas um rosnado se fez sair pelos lábios da pobre menina. Suas pupilas dilatavam-se ainda mais, quanto mais os demônios tomavam-lhe o corpo. – Sempre atrevido Uziel... Lembro-me de quando era apenas o Arcanjo bondoso e inocente. – Irônico e malicioso o demônio gargalhou alto, podendo-se ouvir no andar de baixo da casa. – Limpe o veneno escorrendo da boca Amael. E pelo que me consta, tu és o demônios, mas arrependido do inferno. Se isto é possível. Arrependeu-se do dilúvio Amael? Ou apenas de ter caído? – A garota caiu em pé da cama ficando em frente do então já de pé Vincent. – Cuidado com a boca Arcanjo. Ou...

- "Adjure te, spiritus nequissime, per Deum omnipotentem" – Vincent ergueu a mão direita, segurava um grande cruxificio romano e com a outra um livro surrado e de capa preta. - In nomine Patris, Filius, Sanctus spiritus, ego præcipio tibi ut dimittas. Amen. – O grito dos dois demônios foi quase insuportável para os humanos, Vincent apenas segurou a menina quando esta caiu desmaiada e sem mais demônios. Colocou-a na cama e fez o sinal da cruz, beijando seu rosário.

O encontro com antigos anjos não o perturbará mais como antes. Era rotineiro com para ele lidar tanto com o inferno quanto com outros seres malignos. Era agora sua função expulsa-los da Terra e nada o impediria de terminar esta missão.

Por Yahweh que ainda descansa do sétimo dia. Que a hora de seu despertar chegue para assim punir os injustos e acolher os inocentes. Amém.

Pôs novo cigarro na boca e pegou sua maleta saindo noite afora.

Observações: Possui asas, mas estas sempre guardadas por ser deveras doloroso para um anjo expor-las na Haled.

Photoplayer: Jonathan Rhys Meyers.