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Então, como todos que jogam sabem, nós seguimos um calendário de turnos. Nessas primeiras semanas turnamos no dia 07 de junho de 2080. Dia 04 de junho de 2011 todos os turnos devem ser encerrados para que o novo dia comece. Dessa vez pularemos duas semanas, estaremos turnando no dia 21 de junho de 2080. Postaremos com o narrador resumindo toda a trama. Aguardem!


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Mensagem por Lisa Marie Barton Dom maio 08, 2011 3:30 pm

[ Igreja ] 001vaticano
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Mensagem por Lúcifer Dom maio 08, 2011 3:41 pm

off: HUASRHAIUSR
OLOCO QUE MÁGICO
SÓ PENSEI E APARECEU
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Mensagem por Vincent Seg maio 09, 2011 12:25 am

Rolou na cama mais uma vez.

Era assim que passara duas semanas desde o episódio no parque.
Vincent sentia-se irrequieto e irritadiço ao extremo dos extremos. E por mais que tentasse, não conseguiria reverter esta situação.

Bufou para o teto enquanto levantava-se da cama de hotel. Encontrava-se em um motel vagabundo de estrada, lugar perfeito para um renegado esconder-se. Poucos ali freqüentavam e com razão, já não era mais seguro para um humano ficar tão exposto assim; sem falar que para ele, era mais propício deparar-se com demônios ali do que anjos.
Graças aos céus...

Acionou o interruptor de luz por puro instinto, o que era um espanto como ele às vezes estava tão familiarizado com a humanidade. Espantoso e errado. Lá estava o patrono dos querubins, o comandante do exercito e o ”Anjo do Arrependimento”, tão sem compaixão quanto um demônio; importando-se com um interruptor de luz.
Balançou a cabeça enquanto a luz piscava várias vezes antes de ascender-se por fim. Fitou seu rosto refletido no espelho. Seus olhos azul claros estavam mesclados com amarelo.

Merda... Ali estava o resultado do seu pequeno encontro, sua real forma tentando se sobressaltar-se da sua forma humana. Coçou fortemente os olhos e piscou várias vezes, fazendo assim sumir as manchas e apenas sobrando uma única e solitária pinta em seu olho esquerdo. Abriu a torneira que deveria jorrar água quente, e lavou o seu rosto com indelicadeza, jogando água fria em sua face tentando em vão acordar de seu estado de torpor.

Em sua cabeça, perpassava as cenas, várias e várias vezes, de diversos ângulos possíveis e diversas formas de finalizá-la. Todas às vezes, culpava-se, mas sem arrependimento algum. Deveria ter, mas não o tinha. Tarde demais, teria que arcar com as conseqüências. Fugindo.

Sentia-se um completo covarde, todavia, ele sempre sentira-se assim na Haled. Se por ventura não tivesse caído, talvez tivesse evitado a maioria dos acontecimentos... A maioria do sofrimento. Pena que Vincent outrora não estava em sua razão. Deixou-se levar por seu irmão, não dando a atenção para com os demais. Sem piedade, fora assim criado e agora ele era digno de pena.

As gotas de água caiam de seu rosto e sua boca estava ligeiramente aberta, cenas indistintas passaram por sua mente, fazendo-o não entender absolutamente nada. Era costumeiro ter visões e mensagens do céu passando por ele, afinal ainda era um Arcanjo, certo?

Definitivamente estava na hora. Hora de verificar por si mesmo o que estava acontecendo. E nada melhor do que o antigo lar do catolicismo. Teria suas respostas além de buscar ferramentas precisas para o seu trabalho. Vincent só temia encontrar-se com um de seus irmãos que podiam manter o contato como antigamente. Seu desejo de rever Miguel ainda era grande, mas temia com o que aconteceria com a Terra se esse encontro realmente acontecesse.
Saiu do pequeno banheiro nauseabundo. Trajava apenas calças de moletom cinza, deixando a mostra seu peito definido assim como seus braços. Em suas costas uma enorme cicatriz, que adquirira na queda a Haled. Vestiu-se como sempre, roupas litúrgicas: calça preta, assim como a túnica com o colarinho branco e embaixo desta uma regata branca. Roupa totalmente desconfortável para uma luta, mas extremamente precisa para que confiassem nele enquanto expulsava seres tenebrosos no mundo. Por cima de todo o traje pôs um longo casaco preto para evitar boa parte, mas não toda, a garoa desuniforme que caia do céu. De seu bolso interno puxou o maço de cigarros agora cheiro e um pequeno cantil de prata. A bebida quente passou queimando sua garganta assim como todas as vezes que bebera do frasco.

Vincent passou boa parte da semana dentro de um copo de whisky. A bebida deixava-o menos sensível aos outrem, e ele precisava do devido descanso em vez de ficar perceptível a pensamentos fúteis e às vezes até indistintos dos humanos. Pôs ambas as mãos nas têmporas assim que acendeu o seu cigarro e guardou o resto assim como o cantil prata de volta ao bolso.

Doía-lhe a cabeça, ou melhor; latejava. Tamanha era sua inquietude que afetava todos os seus membros. Além do mais, não conseguira de jeito maneira meditar. Seus pensamentos vagavam e quando dava-lhe por si estava a pensar em quem não deveria. Não deveria.
Eram errados tais pensamentos, mas angustiava-o demais não saber. O não saber se estava bem e onde estava. Vê-la-ia novamente? Não poderia, mas ansiava em poder fitar aqueles belos e curiosos olhos outra vez. Balançou a cabeça que pesava toneladas e pegou a maleta de cima da cama de casal amarrotada devido a sua inquietude.

_

A chuva fina caia em sua face e ele agradecia por este gesto. Despertava-o e ele sentia-se mais vivo. Ao contrário do que o seu velho e cansado rosto demonstrava. Adentrou no recinto a passos largos e tirou o chapéu ao avistar quem realmente queria ver. Pouco lhe importava o sobressalto dos outros padres, ele só queria debater com o seu então antigo irmão. Este ao avistar-lhe fez sinal aos demais para que saíssem.

A figura em sua frente, de face serena e de mãos juntas, como um padre deveria parecer-se sorriu-lhe singelamente enquanto Vincent apenas o encarava. – Como é bom rever-te, Uziel. – Odiava que chamassem-no por seu antigo nome e sem rodeios Vincent pôs sua mala de lado indo encontrar-se com o agora idoso, Mikael.

Mikael, um dos anjos da classe serafim e por ventura um dos anjos da categoria virtude, optara em cair na Haled. Apaixonara-se pela vida humana e pelos humanos, não conseguindo compactuar com a inveja de Miguel. O agora padre resolvera não só cair como tornar-se totalmente humano. Apresentava uma idade avançada, o que era admirável; sua força e o seu desejo em cuidar dos demais. – Sabes que não atendo mais por este nome Mikael. – O anjo apenas sorriu acanhado e fez uma pequena reverencia em remissão. – Queira desculpar o mal hábito, meu senhor. Sabes bem que já não estou em meu melhor estado.
Vincent sentiu-se culpado por sua arrogância, mas não se redimiu como deveria ter feito. Por vezes o renegado parecia mais um demônio do que um Arcanjo. Era de sua natureza não ter piedade assim como seu criador o fizera. Pena que boa parte desta destreza e dom caíra junto dele na Haled. – Mikael, sei que por mais humano que pareças ainda os sente. Estou errado? – Tocara na ferida sem dó, fazendo o pobre padre encolher-se, se é que seu corpo agüentaria tal ato. – Sim, sim eu os sinto. – O pobre velho balançou a cabeça exageradamente enquanto dava pequenos passos indo ao encontro de uma lareira. – Qual é o ponto, Vincent? A mais de décadas não visita-me e sempre por motivos diferentes. Sim, eu os ouço raramente, mas não posso afirmar o que seja. Estou fraco, Vincent. Sou apenas humano, sabes disso. – E ele sabia, estava presente quando Mikael ajoelhara-se diante do conselho e implorara por seu desejo.
Na época ficara enojado com tal pedido e não cabia-lhe na mente o por quê de este querer viver entre os “feitos de barro” como eram chamados por Miguel e seus seguidores. – Estou preocupado, tenho sentido muito movimento celestial na Terra. Preocupa-me o que está para vir. Bem sabes que Miguel pode estar planejando algo grande novamente. Estamos todos a mercê, tanto você como eu, Mikael. Dependemos da Haled agora. – Vincent irrequieto, caminha para ambos os lados e de braços para trás, sua frustração crescera assim como um enorme zumbido em seus ouvidos. Grande era a sua vontade de gritar para que parassem, mas não era hora nem lugar e muito menos adequado tal gesto.

Sua cabeça rodava e seus olhos doíam. Aproximou-se do agora sentado Mikael e ajoelhou-se diante deste. – Vê o que quero dizer, Mikael. Olhe para mim. Veja, está fora de meu controle. Não consigo concentrar-me e simplesmente aparecem. – Sentira seus olhos mudarem constantemente de um amarelo claro aos seus azuis naturais. Suas costas formigavam e seu latejar nas têmporas aumentava gradativamente. Sua face era uma mistura de angustia e dor.
Rezava para que o anjo tivesse a solução. – Oh, sim. Penso que... – Mas o velho padre fora interrompido por outro, mais jovem. – Não vou permitir! Tu vens sujar a casa de meu pai e senhor e perturbar Mikael. Não tens o direito de pisar na casa de Deus! Aberração! – O jovem segurava uma cruz de madeira de médio porte. Tremia dos pés á cabeça e era claro que desconhecia qualquer origem dos presentes da sala.

Ali diante dele estavam dois anjos e o pobre confundira Vincent com um demônio. – Vincente... Não, por fav... – Era tarde demais para qualquer aviso. O renegado encontrava-se num grau acima do descontrole e o estopim para tudo chegara à basbaquice do jovem padre. – Como ousas falar que não possuo o direito de entrar na casa de MEU pai. - Vincent virou-se mais rápido que um humanos seria capaz de virar e neste gesto suas asas saíram deixando-se expostas.
Mikael poderia vê-las como naturalmente era, mas o humano viria somente o que Vincent queria que visse. Um par de asas enormemente cinzas acompanhada de pavorosos olhos amarelos. – QUEM PENSAS QUE É PARA DIZER ONDE DEVO PISAR OU NÃO, HUMANO? – A fúria de Vincent já passava dos limites e estava a ponto de mostrar sua verdadeira forma, o que não só cegaria como mataria o humano tão rapidamente que ele se quer poderia distinguir de onde viera tamanha claridade.
O velho e cansado Mikael levantara-se desajeitadamente com os braços esticados para ambos, tentando inutilmente acalmar o descontrolado Uziel. – Sabes com quem estais a falar, humano? – O jovem caíra ao chão diante da magnitude de Vincent.

Nada o faria parar... Assim pensavam, mas com todo o seu descontrole e fúria mal notara a presença celestial que emanava do lado de fora da catedral católica. Seu rosto virou-se de súbita enquanto as grandes portas de carvalho maciço abriam-se dando passagem aos visitantes. Vincent pouco tempo teve de guardar suas asas e temia que tivesse sido visto. Toda a raiva guardada e todo a angustia esvaíram-se tão rapidamente quanto quando Vincent descontrolara-se com o humano; dando lugar ao um mesclar de frenesi e nervoso.

Estava completamente ferrado agora.
Vincent
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Mensagem por Veronica Seg maio 09, 2011 12:39 am

OFF: TOMÔNOCU HUMANO INSOLENTE. (;

EROPGKEROGPERKGOPREKGOPERGO
Veronica
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Mensagem por Vincent Seg maio 09, 2011 12:41 am

Off: E ESSA ASS? UIUI
Vincent
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Mensagem por Vincent Seg maio 09, 2011 12:44 am

Off: Agora que vi que repeti muito os sabes nas falas
que merda :s
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Mensagem por Liliandil Seg maio 09, 2011 7:52 am

OFF : AINNN apaixonei pelo vicent *o*

Meu deus que anjo caído llindooo

vo cait tmbmmm

ME segura vicent \o
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Mensagem por Vincent Seg maio 09, 2011 5:03 pm

OFF: CAI NI MIM ENTÃO
CAIR É TUDIBÃO VIU
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Mensagem por Tsaphkiel Seg maio 09, 2011 8:39 pm

A estrada estava quase que completamente deserta a essa hora da noite, raramente um ou outro carro nos ultrapassava, o que tornava tudo muito quieto e sombrio. Eu sabia que os humanos não mais andavam livremente como antes, agora seu planeta pertencia aos downwolderes, e a única opção de sobrevivência da raça humana era esconder-se nos fantasmas de suas antigas cidades ou se aliarem aos licantropos, espécie que eles temiam tanto quanto os vampiros. O fato é que agora, de uma forma ou de outra, eles eram uma raça subjugada, e nunca mais seriam donos de seu planeta como outrora.

Dentro do automóvel o silêncio era palpável. Arauel era reservada e calma, quase não conversamos durante o trajeto, apenas breves trocas de palavras. Eu estava agradecida pelo fato de o anjo não tagarelar o tempo todo, coisa que eu não suportava. Quanto menos contato, melhor.

Chegamos a Munique, dirigindo-nos diretamente para a única Igreja do lugar. Provavelmente a única do mundo, pois não era exercido nenhum tipo de religião nas Ilhas, seres do submundo não obedeciam a Deus, nem tinham a capacidade de crer, como os humanos. O Vilarejo dos Anjos, lugar onde faríamos nossa parada, era agora o equivalente ao que fora a Cidade do Vaticano na época de dominação da raça humana. Não possuía o mesmo esplendor da Igreja anterior, nem contava com um grande número de fiéis, estava lá apenas para que seres como nós visitássemos.

O interior da Igreja não estava calmo como o esperado. Sempre que eu visitava a Casa de Deus era porque lá eu conseguia orientação e paz quando estava na Terra. E assim era para a maioria dos humanos, eles tinham essa necessidade espiritual, eles precisavam ter a certeza de que não estavam apenas abandonados nesse mundo sem nenhum propósito. Eles precisavam de algo que lhes desse apoio nos momentos de angústia e tormento.

Um humano tremia no chão em frente ao homem que estava de costas para nós. Pude ver pelos seus pensamentos, que o jovem padre não via realmente um homem, e sim algo semelhante a um demônio. Eu não entendia o porquê. Para mim o homem em pé a sua frente era perfeitamente normal. Exceto que não possuía aura.

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Mensagem por Arauel Ter maio 10, 2011 12:03 am

Percorreu todo o caminho pensando em todas as etapas que passara até chegar aqui. O modo como os humanos se locomoviam era estranha e a deixava com náuseas. A estrada estava escura, e ela podia ouvir os uivos dos lobisomens naquela noite fria. Tsaphkiel, por outro lado, parecia bastante confortável com tudo aquilo. Era como se já vivera há muitos anos na Terra. Conhecia os costumes humanos e seus modos. Aquilo a deixava um pouco desconfortável.

Por hora, sentia-se um bebê que não ainda sabia andar nem falar. Os pequenos passos que dava eram como o grande aprendizado de uma criança ao dizer o primeiro nome. Agarrou-se com os seus próprios braços, deixando-se sentir o frio que percorria por todo o seu corpo humano, deixando-a arrepiada. Queria saber mais sobre todo aqueles costumes, por mais que abominasse todos eles. Era confuso, porém, viver ali e sentir-se como se vivesse tudo pela primeira vez.

Olhou para o seu lado, vendo o rosto de Tsaphkiel. Ela não era de muita conversa, assim como Arauel era reservada. Muito mais agora que precisava esconder seus reais desejos, além da sua grande falta com os anjos nas últimas semanas. A culpa era algo que agora ardia no seu peito, deixando-a mais quieta e calada do que o normal.

Desejava poder vê-lo mais uma vez. E se isso fosse o mais impossível, poderia ser somente uma vez, ela estaria satisfeita em apenas contemplar o belo par de olhos dele, poder tocar a pele macia e ouvir sua voz. A voz que outrora pareceu dura, mas agora em sua lembrança soava suave como uma música para os seus ouvidos. Olhou para baixo, para ter certeza de que as mãos que haviam tocado a face dele ainda estavam ali.

Ao menos queria entender tudo que estava sentindo, mas sentia-se perdida em relação a tudo aquilo. Nunca antes havia sido exposta aos poderes venenosos daqueles sentimentos que julgara por diversas vezes serem humanos. Fora poupada disso nos céus, aonde tivera paz para aprender sobre tudo que pensara nunca precisar usar. Suas defesas, porém, foram derrubadas sem piedade, como uma grande catástrofe que leva a tudo e a todos sem pena. Era assim que sentia-se por dentro: devastada.

Por fim, o carro parou bruscamente. Viu a anja ao seu lado tirar a chave a ingnição e dirigir-se para fora do carro. Ela tocou-se de que deveria fazer o mesmo. Imitou todos os movimentos de Tsaphkiel, abrindo a porta daquele carro e saindo dele. Complicou-se um pouco, mas nada que pudesse atrapalhá-la.

Seus olhos passaram por todo os lugares daquela nova cidade, antes localizada no Vaticano. Essa nem chegava aos pés do que um dia fora o lindo lugar de orações e encontro secreto dos anjos. Nunca a conhecera, porém, apenas estudara e ouvira falar. Nas histórias que o seu pai contava, muitas vezes lembrara que boa parte do ouro fora ele quem ajudava a conseguir. Ficou fascinada em como a cidade, mesmo acabada e sem muito cuidados pela falta de humanos, conseguia ser bela e um lugar de paz. Virou-se para Tsaphkiel e múrmurou. - Lindo lugar. Seus olhos brilharam de satisfação.

Continuou deixando-se guiar pela anja que parecia conhecer todos os possíveis lugares dali. As Igrejas no mundo humano, principalmente para os anjos, eram um lugar onde tinham contato pleno com os céus, onde não conseguiriam em mais nenhum lugar. Sentiam-se em casa e a saudade das forças do Criador e dos seus irmãos anjos. Conseguiam tocar nos seus grossos corações o amor divino. Era onde encontravam sua verdadeira paz interior, que parecia ir embora a cada passo que davam naquele mundo cheio de ódio e rancor.

Dirigiram-se para uma grande Igreja que, por um momento, havia parecido calma. Porém, o que não lhe era esperado de forma alguma pôde acontecer. Quando as portas da Igreja foram abertas, viu abertamente quem se encontrava ali dentro.

Seus olhos nem ao menos pousaram no homem que se encontrava jogado no chão, ou ao velho padre que tentava acalmar toda a confusão que se sucedera. Não. Tudo para ela apenas desabou e desapareceu. Era como se nada nem ninguém mais existissem naquele lugar. Apenas o homem dos olhos claros, aqueles que por dias a fio havia procurado e desejado vê-lo. O que sentiu fora algo que, em seus pensamentos, não havia palavras para descrever. Sua garganta fechou-se e os olhos umideceram-se. Piscou algumas vezes, temendo que tudo fosse apenas mais um dos seus sonhos bobos, que por horas havia imaginado aquele encontro novamente.

Mas não. Era ele realmente ali. Aquele que sabia seu nome, aquele que conseguira habitar a sua mente como mais ninguém conseguira. Deixou sua boca abrir-se um pouco. E como um súbito acordar de um grande sono, olhou para o anjo ao seu lado. Ela agora parecia não entender o que estava acontecendo ali, sua expressão não era muito limpa, Arauel não pôde ler seus pensamentos nem suas feições. Seu olhar voltou novamente para o homem.


Perdeu todos os sentidos. Quando seus olhos se encontraram com os dele, não pôde mais tirá-los do único lugar onde sentia-se confortável, como nunca antes acontecera.

Queria descobrir a causa de todas aquelas reações. Queria conhecer o causador de todas elas. Queria o causador delas. Ela o queria, como nunca quisera algo.



Off: ficou enorme, desculpa. mimimi. Sad


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Mensagem por Lúcifer Ter maio 10, 2011 7:34 pm

OFF: NOSSA MANO
PARA COM ISSO
se não eu=Bruna me apaixono pela sereia
HAIUSRHAIUSRHIAUH
Amei o post das duas I love you
já respondo :***
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Mensagem por Vincent Qua maio 11, 2011 12:09 am

Seu alívio por não ter sido pego fora lacônico.

Encarou-as pouco tempo antes de virar a cabeça para o humano aos seus pés, mudando suas lembranças e assim não deixando rastros sobre a sua verdadeira origem.

O nervosismo era evidente em seu rosto e em seus olhos. Sem saber como proceder, fitou significativamente Mikael que ainda estava na mesma posição de resgate ao outro padre que continuava de joelhos e de olhos arregalados. Mudara as lembranças do jovem, para que este passasse para os demais a simples recordação de que caíra e estava sendo ajudado pelos outros dois. Deveria ter feito isto antes, quando este entrara com a cruz e o insultara diante de Mikael.

Culpava-se agora. Culpava-se por não ter sido forte o suficiente, por ter perdido a calma e a razão. Teria sido um ato tão simples, ignorar ao humano e confundir sua mente. Por que não agira de tal forma? Por que fora tão irracional? Por quê? Seu subconsciente tinha a resposta, mas o ignorou prontamente.

Dando um ultimo olhar de alerta ao padre idoso, virou-se para ambas, forçando a expressão nervosa, mudar para uma calma e relaxada.

Não a olhou, perder-se-ia se assim fizesse. Preferiu fitar a outra anja que permanecia poucos metros dali. Sua face demonstrava confusão, assim como seus pensamentos. O que era obvio, já que esta tivera tempo de vasculhar os pensamentos do humano. Reconhecera-a tardiamente como Tsaphkiel, o Anjo da Morte.

Vincent em sua “vida” passada tinha conhecimento da maioria dos anjos. Pelo menos os que tinham contato com os Arcanjos, que possuíam cargos mais importantes ou maior poder. Acenou com a cabeça para Tsaphkiel, como uma forma de cumprimento a distância. Sairia dali e se exilaria, já tivera encontros celestiais demais por tão pouco tempo e estava na hora de realmente sumir da face da Terra.

A curiosidade fora maior que a razão, e como pretexto fitou, mesmo que por poucos instantes os olhos de Arauel. Sem precisar ir a fundo, sentia o atônito desta. E nos breves segundos que a observou – dos pés a cabeça – teve a súbita vontade de dirigir-lhe a palavra. Apenas tira-la daquela igreja e ficarem a sós. Que tolice, Vincent. Caiu em si e saiu de seu devaneio, olhando para o lado. Não poderia mais fita-la sem cometer um grande erro.

Enquanto a aura de Tsaphkiel era cinza, evidentemente, pois esta era nada mais nada menos do que a própria morte; a de Arauel permanecia extremamente confusa para ele, assim como seus pensamentos. Emanava uma mistura de perplexidade e anseio. Anseio este que gerou desordem em sua cabeça, não entendia tal sentimento vindo desta para... Ele? Franziu o cenho ainda com a face virada para o lado, e percebendo que distraíra-se enquanto as lia, olhou por sobre o ombro para Mikael, que agora apresentava-se poucos passos dele com uma das mãos no jovem que havia levantado-se do chão. Fez menção de falar-lhe, mas, sua garganta estava seca e por este motivo as palavras não saíram. Além de não ter palavras.
Não fazia idéia do que dizer para que pudesse escapar dali sem suspeitas. Por fim, limpou a garganta e preferiu uma despedida. – Bom, Mikeal, teremos a oportunidade de nos falarmos futuramente. Até breve. – Sua voz saíra arrastada, e pondo o seu chapéu preto com uma mão enquanto a outra alcançava sua maleta, dirigiu-se as grandes portas de carvalho com passos calculados, para que assim obtivesse certa distância das demais.

Espere Vincent...

Mais tarde, Mikael. – O comando em sua voz era evidente. Nem ao menos se virou para responder a este ainda caminhando para a saída. A passos largos, alcançou o seu objetivo e descerrou um pequena abertura entre as portas para que pudesse sair.

A chuva aumentara enquanto estivera lá dentro e podia ver sua respiração sair de suas narinas (Sabe quando está frio e fica branco? Então). Parou antes de descer pelas escadarias, mal importando-se com o frio ou com o fato de molhar-se. Sentia uma grande vontade de voltar. De correr para dentro e... Balançou a cabeça fortemente, tentando inutilmente arrancar este sentimento de dentro dele.

O frenesi que sentira ao vê-la ainda não passara e por causa deste, suas dores de cabeça multiplicaram-se e uma sensação angustiante em seu estômago aparecera.

Involuntariamente sua cabeça virou para as portas agora cerradas, como se pudesse ver através da madeira grossa. O que na verdade poderia. Usou toda a sua força de vontade e razão que lhe restava para não fazê-lo, para não penetrar na mente dela e arruinar todo o autocontrole que adquirira com tanto sacrifício na igreja.

E nesta mesma noite, igualou-se novamente com os humanos e seus sentimentos. Outrora com a necessidade das coisas e agora pelo puro e mais simples desejo de cobiçar o que não podia ter. Hilariamente os sete pecados capitais vieram-lhe na mente, a gula, a avareza, a luxúria, a ira, a inveja, a soberba e a preguiça. De certa forma, Vincent sentia-os aos poucos dentro de si, o que nunca sentira antes, nunca tivera a necessidade destes. Estava descobrindo-os e sentindo-os vagarosamente, e isto o fazia pensar que estava enfim caindo na humanidade, e não se perdoaria se tal ato acontecesse. Trincou os dentes ainda de olhos na porta, uma de suas mãos em punhos enquanto a outra segurava com força a maleta. Uma parte de si queria permanecer ali por mais alguns segundos e a outra parte tomava-se conta de que estava além de muito exposto, totalmente molhado agora.

Lentamente voltou a face para as escadarias com um breve suspiro, vencera o juízo enfim, para o bem dele, mas para o mal de seu aperto no peito. Sua mão foi de encontro a ele, agarrando-o por cima do casaco. Doía-lhe e não fazia idéia do por quê.

Cigarros e álcool eram tarde demais agora, Vincent não sabia como terminar com essa aflição. Talvez quando estivesse longe de Monique, longe de tudo; talvez ai obtivesse o tão desejado nada, sentir absolutamente nada.

Antes de tomar a iniciativa de descer, questões em sua mente rodavam fazendo-o estacar novamente no mesmo lugar. Será que esta o seguiria? Será que o perdoara por suas palavras duras de outrora? O que fazias ali? Qual era o seu objetivo? Por que estava acompanhada justo de Tsaphkiel? Não atreveu-se a responder tais perguntas. A única coisa que podia fazer agora era mover seus pés para longe dali.

Arrependera-se amargamente de voltar a Monique, de ter saído do hotel, de duas semanas atrás. Mas nada que fizesse mudaria o presente.

O arrependimento matá-lo-ia porventura, mas não mudaria o futuro.

Vincent
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Mensagem por Lisa Marie Barton Qua maio 11, 2011 12:22 am

Off: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
cê quer me matar desse jeito, só pode. I love you
Olha a decisão na mão da Angel, gente. Seu post será decisivo. bom
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Mensagem por Vincent Qua maio 11, 2011 12:28 am

Off: HUSAHRIUASHRAIUSH
DEIXA A SEREIA VIR ATRÁS DEU I love you
OU AS DUAS husaihrasiuhrsaiuhrauh
/guloso oi
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Mensagem por Lisa Marie Barton Qua maio 11, 2011 12:31 am

Off: com esse avatar eu vou atrás, te agarro nas escadas mesmo. I love you
se a Angel se meter a besta ainda faço o anjo da morte com ela. I love you

VEMK VIN
VEMK ANG
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Mensagem por Liliandil Qua maio 11, 2011 7:57 am

OFF: outro turno hipnotizanteeee

MELDELS arauel e vicente *-*

Vicentuel TI LINDOOOO

Tem q fazer votação para casal masi perfeit nesse forum genteeee

POSTEM LOGO TO CURIOSISSIMAAAA
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Mensagem por Vincent Qua maio 11, 2011 3:15 pm

OFF: Vicentuel EU CURTI (y) UAHSIURHSAIURHASIURHSAIUHRUAISHRIUSAH
opa casal da semana é nois
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Mensagem por Lisa Marie Barton Qua maio 11, 2011 3:19 pm

Off: me desse uma ÓTIMA ideia IUASHIDUHASHDUIASHD. <3
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Mensagem por Vincent Qua maio 11, 2011 3:39 pm

Off: conta y.y
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Mensagem por Tsaphkiel Qua maio 11, 2011 6:37 pm

[OFF] Que post é esse, Deus o.O
porque fazem isso cmgo ? não sei o que respondo agora. HUASIDHSAIUDH

Team Vincentuel <3
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Mensagem por Tsaphkiel Qua maio 11, 2011 10:03 pm

O homem não virou-se de imediato. Continuou fitando aquele que estava no chão diante dele, enquanto outro que estava próximo, um padre pelo que pude perceber, parecia um tanto aflito. Seus pensamentos estavam confusos, e tudo o que eu podia ler era uma mistura de informações que não faziam sentido algum, imagens de anjos e humanos, misturando-se com uma gama de sentimentos que eu nem tentava identificar. Mas o que mais me confundia era o fato de não poder ler os pensamentos do homem que estava de costas. Era como se eu batesse em uma parede toda vez que tentasse acessar sua mente.

Ele virou-se, me encarando diretamente. Não pode ser...Ele?...Mas como? O reconhecimento me atingiu no momento em que vi seus olhos azuis, era impossível não lembra-se dele, não foram poucas as vezes que o vi, e ele não passava despercebido onde quer que estivesse. Eu não demonstraria nenhum reconhecimento. Ele agora não fazia mais parte dos assuntos de meu interesse. Unicamente porque ele decidiu que fosse desta forma.

Quando ele acenou com a cabeça, eu imitei o gesto, apenas por educação, não que eu me importasse. Vi que por um momento seus olhos pousaram em Arauel de forma avaliadora. Me senti enojada no mesmo instante, eu não admitiria que ele se aproximasse dela de forma alguma, ela era tão doce e pura, e ele podia ser considerado o oposto. Jamais me perdoaria se ele fizesse algo a ela.

No momento em que percebeu que eu poderia abordá-lo, ele saiu da Igreja rapidamente, deixando o padre sozinho conosco e com o outro que antes estava de joelhos no chão. Olhei para Arauel, que estava pálida em sua forma humana, seus pensamentos uma mistura de aflição e medo. A imagem do que saira da Igreja ainda ocupava seus pensamentos, de uma forma...romântica? Não, eu devia estar enganada, ela mal o conhecia. Esqueci Arauel por um momento e fui em direção ao padre que antes estava no chão.

- O que o homem queria aqui? Eu fui cuidadosa ao não citar nomes, não queria que soubessem que eu o conhecia. Era melhor que pensassem que nunca o tinha visto antes. Meu tom para com o homem era firme, não queria que ele me mentisse. Péssimo hábito dos humanos... - Ele tentou algo contra você? Por favor me diga se posso ajudá-lo. Eu não poderia fazer nada contra o outro, minhas incumbências eram outras, mas era meu dever saber se os humanos estavam bem, protegê-los sempre.

- Ele apenas estava ajudando-me a levantar. – disse ele, num tom normal, nada suspeito. – Sabe, sou um pouco desastrado as vezes. Sorriu, tentando amenizar o clima.

Virei-me para o outro que estava próximo a nós, pelo que ouvi ele se chamava Mikael. – Isso é verdade, Mikael? É esse seu nome, certo? Ele era um tanto velho já, apenas mortal, nada que eu tivesse que me preocupar.

- Sim, ele havia caido. Eu e ... e o senhor que saiu estávamos apenas o ajudando. Eu percebi sua hesitação, mas não me importei. Talvez ele temesse o homem, e eu não o culpava.

- Tudo bem, então. – disse, encerrando o assunto. – Ah, e por sinal, seu nome é muito bonito. Me faz lembrar de casa. O fantasma de um sorriso em meus lábios, mas era quase que imperceptível.

Arauel estava no fundo da Igreja ainda, perdida em seus pensamentos. Eu resolvi que não mais a espionaria em sua mente, ela merecia um pouco de privacidade. Caminhei até ela, chamando sua atenção. – Acho que devemos ir, Arauel.

Não queria continuar ali. O encontro inesperado me perturbou um pouco, nem que eu ficasse na Igreja pelo resto da noite não encontraria paz. Acho que nesse mundo, da forma que as coisas estavam, paz seria a última coisa que eu encontraria.

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Mensagem por Lisa Marie Barton Qua maio 11, 2011 10:08 pm

Off: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Vin e Tsaph. (L) Tô amando esse turno, mano. IUASHDIUAHSDHASD *-*
Já respondo. HM
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Mensagem por Jared Sheppard Qua maio 11, 2011 10:20 pm

OFF: esses posts me desanimam ... tudo tão bonito tão profissa *-*

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Mensagem por Arauel Qui maio 12, 2011 12:55 am

Assim começava a batalha dentro de si mesma.

O que começara a sentir era inevitável. Nem ao menos conseguia-se proteger da sensação de uma faca atravessando o seu peito, fazendo-a sentir uma pontada a cada lembrança dele que ousava passar em sua mente. A mistura dos sentimentos confusos deixava-lhe tonta. Queria apenas enterrar-se nos braços daquele que tanto desejava, mas o temia como uma formiga teme a fúria de um vulcão.

As barreiras que fora ensinada a colocar em seus pensamentos desabavam apenas em tê-lo por perto no seu corpo físico. Pois em sua mente ele já habitava arduamente cada um dos seus pensamentos. Ficava a mercê dele e de todos aqueles que poderiam entrar-lhe em sua cabeça. A cada pensamento que poderia passar-lhe, tinha mais certeza do que queria pra si; do que agora precisava.

Os olhos que tanto temia fugiam dos seus, deixando-a mais angustiada do que possivelmente estaria. Por que ele fugia dela se tantas vezes fora percepitível que partilhava dos mesmos sentimentos que ela? Por que a deixava dessa maneira? O que havia feito a ela? Ela o responsabilizava por cada batida aguçada, parecendo martelos cantando em conjuntos, dentro daquilo que diziam ser o local do seu coração.

Continuava a enfrentar-lhe com os olhos azuis flamejantes contra os seus. Eles apenas pousavam no Anjo da Morte ao seu lado, com um tom de reconhecimento, deixando-a insegura do que tudo aquilo significava. Ele sabia seu nome; ele reconhecera ela uma vez, chamando-lhe e avisando-lhe dos perigos que corria deixando-se entregue aos desejos que corriam-lhe em sua mente, entrando-lhe em seus pensamentos e saindo-lhe pela boca, como um rio correndo sem nada que o pudesse fazer parar.

Enquanto mergulhava em suas perguntas e pertubações, deixou a cabeça pender para baixo em gesto de derrota. Sentia-se abalada por dentro, um turbilhão de confusões que passavam-lhe estava deixando-lhe fraca. Porém, sentiu como um aviso, deixando seus olhos levantarem um pouco, juntamente com a sua cabeça, pousando-os naqueles que agora estavam mantendo contato com os dela. Ele não era tão forte como se dizia ser, como queria parecer para todos aqueles pobres homens. Ele tinha uma fraqueza, assim como ela agora acabara de descobrir a sua.

O combate entre as grandes mentes que invadiam a sua e os pensamentos confusos que cada uma delas deixavam escapar, conseguiram fazer-lhe engolir em seco. Tsaphkiel era um grande anjo e saberia qualquer coisa que se passasse ali. Já aquele ao qual desconhecia o nome, ela não poderia decifrar-lhe por completo; nem ao menos sabia de onde viera e o que queria, apenas sabia do grande desejo que sentia e emanava por ele e para ele.

Mas como antes, antes que pudesse deixá-la mergulhar nas suas emoções por completa, conseguiu escapar-lhe das mãos como um grão de areia em meio a um oceano.

Passou pelas duas anjas rapidamente, abrindo a porta da Igreja e fugindo dos seus olhos. Não conseguia pensar em mais nada que não fosse ele. Nem ao menos deu ouvido às palavras do velho padre com semblante de preocupação. Já o humano continuava jogado no chão. Porém, contradizendo tudo aquilo que um dia pregou para seus semelhantes, ela não importou-se com o estado dos dois pobres humanos.

Tentou colocar todas as informações em seus devidos lugares, mas não conseguiu deixar de acompanhar com os olhos o corpo dele em direção à porta. Sua cabeça virou-se assim que ele passou por ela como um furacão, deixando-a aos pedaços. Sua respiração ficou ligeira a partir daquele momento, fazendo com que suas defesas contra suas vontades ficassem mais lentas.

Pôde ver Tsaphkiel ajudando aos homens que agora não sabia dizer-lhe o que se passara ali. Porém, nada fez. Nada que pudesse ser considerado um comportamente adequado para um anjo da sua qualidade. Ela não queria saber daquilo, não agora.

- Eu... Eu não posso. Falou quase que para si mesma em um múrmurio, mas sabendo que a anja a havia escutado. Porém, não dando ouvidos ao comando do Anjo com cargo mais superior ao seu, girou os calcanhares e dirigiu-se para a porta rapidamente, segurando o vestido que fizera questão de atrapalhá-la.

Abriu as grandes portas de carvalho, colocando toda a força que conseguia encontrar dentro de si nas mãos e puxando-a, como um último suspiro; uma última tentativa. Os pés não mais obedeciam aos seus comandos, eles corriam já por vontade própria. Sentia-se como se todo o seu corpo chamasse por ele, toda grande e pequena parte dela queria a ele e nada mais. Sua mente gritava pelo seu nome desesperadamente.


______


Assim que saiu da Igreja pôde sentir a chuva caindo sobre as suas roupas e seus cabelos, fazendo-a ficar encharcada, mas nem ao menos se deu ao trabalho de perceber a fúria da natureza contemplando aquelas terras que outrora foram chamadas de abençoadas. Apenas pôde arfar rapidamente, limpando os olhos - onde seus cabelos já bagunçados insistiam-lhe em cair - com as palmas da mão.

Pouco longe das escadas - ainda em frente à porta da Igreja - pôde vê-lo segurando o próprio coração, agarrando-lhe por cima do casaco. Como se pudesse sentir o mesmo que ele, colocou levemente a mão por cima do seu. Será que ele compartilhava dos mesmos medos que ela? Dos mesmos sentimentos e das mesmas emoções? Perguntava a si mesma a todo momento, chegando a ser rodopiante em sua cabeça aqueles pensamentos. Engoliu em seco, tentando proferir alguma palavra.

Puxou todo o ar para dentro dos seus pulmões, tentando não fazer daquilo uma grande coisa para os seus sentidos. Mas já era tarde demais. Ela estava completamente entregue a ele, mesmo não conhecendo-lhe. Ela queria descobrir; ela iria descobrir. Seus lábios abriram-se e as palavras saíram rapidamente, não dando o tempo certo para poder pensar no que acabara de dizer.

- Eu apenas desejo descobrir o que fizeste a mim. Só consigo ter a ti em minha mente; nada diferente dos teus olhos conseguem fazer-me fechar os meus, nada mais além da tua voz eu posso ouvir. Seus olhos semi piscaram, seu coração parou e sua mente esvaziou-se. Temeu o que poderia vir a seguir. Ele fugiria de novo? Ele a deixaria daquela forma por mais tempo? Ele também pensava da mesma forma? A chuva começava a aumentar, assim como seus batimentos cardíacos, se é que isso ainda era possível.


Off: se ficar confuso, avisem. Foi uma informação preu processar, mano.
E vem que tem, Vincent. OMG/
E se tiver algo errado, me desculpem, eu saí escrevendo loucamente. KKKK
E e e e eu repeti muito as frases, mimimimi. :~~
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Mensagem por Veronica Qui maio 12, 2011 2:21 am

OFF: AI
QUE
LINDO
PQP.

Não escrevo mais. Vou reler as obras de Shakespeare e depois volto aqui. :*
ERGKOEROPGERKGOPERKOPER
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